Astrônomo brasileiro, André Izidoro da UNESP, cria
novo modelo que explica um antigo mistério na astronomia, a formação de Marte.
Há
muito tempo astrônomos criam modelos para explicar como ocorreu a formação dos
planetas. Estes modelos eram postos a prova em simulações de computadores,
entretanto nenhum modelo reproduzia um planeta na posição que Marte se encontra
com tão pouca massa.
Na
década de 90 surgiram os primeiros modelos numéricos criados por George Wetherill
e John Chambers. Na região dos planetas rochosos (onde se encontram Mercúrio, Vênus, Terra
e Marte) estes modelos explicavam a formação de planetas com massa próxima da
Terra mas não planetas como Marte e Mercúrio, que tem apenas 10% da massa da Terra.
A
grande sacada de Izidoro foi criar um modelo numérico que leva em conta o cenário da Lacuna Parcial. Neste modelo o gás que gerou o sistema solar não estava
distribuído de maneira uniforme; havia regiões com menos matéria entre 1 e 3 vezes a distância da Terra ao Sol, onde Marte se formou.
Izidoro ressalta em declarações por email que seu modelo é especifico para o Sistema Solar “Em relação
ao nosso modelo, ele foi desenvolvido exclusivamente para o Sistema Solar. Ou
seja, ele não tem implicações diretas para a existência de planetas similares a
Terra em sistemas extrasolares. É importante também ressaltar que as condições
para a formação de planetas (rochosos) em torno de outras estrelas podem ser
bastante diferentes daquelas que o Sistema Solar teve.”
O
trabalho de Izidoro ganhou a atenção do já aclamado Dr. John Chambers, que escreveu
um artigo sobre este trabalho na revista Science. Em declarações exclusivas, Chambers ainda exalta o
trabalho de Izidoro “Ele deu uma importante nova contribuição mostrando que o material
que formou os planetas poderia não estar distribuído uniformemente com a
distância do Sol – poderia ter havido lacunas ou regiões com pouco material.”