segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Observando com um telescópio de quase 40 metros!

Em um outro blog já discutimos os modos de observação (clássico e fila) em grandes telescópios. Eu prefiro seguir o ritual do modo clássico, ou seja, viajar ao observatório e obter eu mesmo os dados. Não é tão simples assim, claro, pois dependemos das condições meteorológicas na data de observação. Ver de perto esses gigantes é uma experiência inesquecível. Admirar um magnifico pôr do Sol e a Via Láctea em toda sua extensão, são experiências realmente magicas. E no começo da noite,  a adrenalina a mil, torcendo por tudo dar certo. Eu sempre quero começar a observar logo, sem aguardar o céu ficar completamente obscuro.

Em 2012 e 2013 tive a oportunidade de levar jovens astrônomos brasileiros para visitarem os telescópios do ESO em La Silla e outros telescópios em Chile, dentre as atividades da disciplina de Astrofísica Observacional na pós-graduação em Astronomia, que lecionei naqueles anos. Na última viagem bateu uma saudade mesmo antes de voltar ao Brasil. Meu sonho é oferecer essa disciplina novamente e levar os alunos a conhecerem os telescópios VLT (8 metros) do ESO em Cerro Paranal, ou os telescópios Keck (10 metros) no Havaí (já levei 4 alunos "Australianos" para lá).

Outro sonho é observar com o futuro Extremely Large Telescope (ELT) do ESO, que deve estar pronto na próxima década. O ELT é um telescópio com espelhos segmentados que juntos são equivalentes a um espelho de quase 40 metros de diâmetro! Mal posso esperar a chamada para projetos e competir com outros astrônomos pelo tempo de observação. Certamente solicitarei modo clássico e cumprir o ritual, ter o privilegio de ir até lá, de ver um telescópio gigantesco no meio do deserto. Tomará que o Brasil possa ser parte de uma das maiores aventuras científicas da humanidade.  Se você apoia a entrada do Brasil no ESO (ainda não confirmada pelo Brasil), envie um tweet #BrasilnoESO

Imagem artistica do ELT (c) ESO

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